Ócio do tempo,
destempero:
meu ódio
é que não persevero
naquilo que creio,
naquilo outro que quero.
Ode ao vento,
tempestade!
quem pode
captar a metade
de fúria tamanha
que justa me invade?
Pois me vejo frustrado,
em meus sonhos há idas.
De súbito me vêm planos,
ensaio uma despedida:
- Partirei, na incerteza,
de alma nua e pés descalços?
(Mas há sorrisos que encantam,
pena serem tão falsos...)
Ócio do vento,
desconverso:
meu ódio
teve efeito reverso
e, no vento parado,
nasceu-me outro verso.
Ode ao tempo,
convergência:
quem pode,
em tendo ciência,
costurar impulsos
se não a experiência?
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
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