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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Cachoeira

O que é cachoeira? E o que é cachoeira?
É água que pula pedra,
água que pula pedra.

Perdão, eu vou embora
vou ver outro caminho,
esse você não gosta,
então eu vou sozinho.

O que é cachoeira? E o que é cachoeira?

É água que pula pedra,
água que pula pedra.

Um dia é o encontro
No outro, adeus e mágoa...
como a cachoeira ensina:
pedra fica, vai-se a água.

O que é cachoeira? E o que é cachoeira...?

(jan/2011 - musicada por mim mesmo)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sem Título

Perdi alguma coisa
Não a encontro mais.
Se era a alegria?
Não, não... perdi algo que eu tinha.
E nesta manhã a garoa
criou um borrão no parabrisa
que mais parecia um gol.
A mágica da copa é
enganar os sentidos
com um pouco de poeira e água.

(22/06/2010)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sete Cores

Pensei na chuva e em você:
Um pote de ouro, um presente.
E cada gota que pude ver,
cada uma, uma cor diferente.

E com tanto brilho eu pude ver
sete cores fazendo um anel
pra pintar você no céu
E nunca mais te esquecer.

(nov/1989 - lembrei hoje dessa velha canção por conta de um arco-iris, logo cedo, pintado num céu indeciso entre a chuva e o sol)

terça-feira, 2 de março de 2010

Estrela Original

Sigo bem de longe uma estrela
Andorinha além da tristeza
Revoando, enaltecendo o sol
alegria plena, mas só aparente.

Fim de tarde, logo surge a cor
Último mergulho no calor
Desfazendo, desmanchando o sol
Vento frio, é frio o som repente.

Fim do dia, resta esperança
Escuridão apressa a lembrança
Brilha mais, estrela original
Consome o brilho anterior
Esconde a luz do sol.

Corre a noite, lamenta o luar
Fim da noite, hora de acordar
Corrompendo, renascendo o sol
Cor pra vida, colorida ponte.

Mesmo dia, mesma agonia
Andorinha aspira, inicia
E enganando, brincando com o sol
Sigo a minha estrela bem de longe.

(1989 - musicada por mim mesmo e gravada no CD Raiz duma terra seca)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sem Título

De onde vem a sensação
Que diz, suave e bonita,
que vou roubar teu coração
que vou entrar na tua vida?

Pois, de repente, teu olhar
é feito de poesia e cor.
Às vezes triste, a pensar,
talvez em coisas de amor.

Mas tenho medo de sonhar
e de novo a alma iludida:
não é tão fácil acreditar
que vou entrar na tua vida...

(algum dia em 1988 - Musicada por mim mesmo)

Palavras pessoais para uma manhã nevoenta

Bom ter notícias tuas.
Sim, as tenho aguardado.
Talvez não tenham vindo num bom momento
- me perdoe, portanto
pelo tanto que, indeciso,
me perco em confissões pela metade.
Mas aceito outra xícara,
chá de capim-cidreira.
Uma fatia de queijo
e música de Fabinho Silva
("...E enganando,
brincando com o sol...")
pra ouvir com os olhos.
Ah, que prentensão essa minha
de achar que essa neblina é minha!
Mais quinze minutos
E ele brilha de novo
e, quando esquentar,
saio a dar uma volta
contente como o outono.
Leve como pássaros.
Não sei o que fazer hoje,
mas o tempo certo virá.
Manhã nevoenta,
tempo propício
para palavras pessoais.

Palavras pessoais para uma tarde chuvosa

Bom ter notícias tuas.
Vamos tomar uma xícara de chá?
Quiçá bolinhos de chuva,
enquanto falamos da vida.
Filosofias à parte,
celebremos os encontros
nestes tempos
propícios para tal.
Passa que, assuntar a poesia
é ida e vinda
- idas e vindas;
e já conhecemos
o final, suponho.
Manter silêncio
quando falarmos com os olhos;
Ouvir Milton Nascimento,
("chegar e partir
sao dois lados
da mesma viagem"),
apertos de mão,
abraço caloroso,
e somos muitos, amigos.
Tarde chuvosa,
tempo propício
para palavras pessoais.

Esconjuro-Te!

Expectativa, és uma deusa...
Fizestes de mim este pagão
que te presta profano culto.
Maldita, me condenaste ao inferno!
Corróis-me as tripas,
entopes-me as artérias,
ofuscas-me o cérebro!
E, insistentemente
me culpas por não ter feito,
de não terem outros feito,
me culpas o tempo todo.
Estou decepcionado.
Esconjuro-te!,
maligna,
doença,
vai-te,
...
..
.