quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Tudo entregarei

Dá-me, ó mundo,
rostos felizes de gente satisfeita!
Que eu aprenda a entregar,
livrar-me das coisas,
pois de nada necessito.
Que sejam felizes, pessoas,
todas.
Todas as que me tomaram
bens ou energia ou afeição.
Dá-lhes, Justiça,
o quinhão que julguei ser meu.
Que assim seja, amém e amém.
E caso eu definhe um dia
foi puro acaso do Tempo,
este que tudo toma e nada devolve.

(27/jan/2010)

Nenhum comentário: